Fogão Universitário
Culinária, artesanato, arte-educação, turismo História e histórias. Sugestões, depoimentos, desabafos, ideias, dicas e textos acadêmicos.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
sexta-feira, 15 de junho de 2012
quarta-feira, 13 de junho de 2012
As cores
Para a manutenção de um vasto império como foi o Egito, a escrita acabou sendo tarefa exclusiva de uma privilegiada parcela da população. Os escribas eram os únicos que dominavam a leitura e a escrita dos hieróglifos. Sua formação acontecia em uma escola palaciana onde os mais bem preparados obtinham cargos de fundamental importância para o Estado. Entre outras funções, um escriba poderia contabilizar os impostos, contar os servos do reino, fiscalizar as ações públicas e avaliar o valor das propriedades.
Em troca dos serviços prestados, um escriba recebia diferentes tipos de compensação material. É importante lembrar que o dinheiro ainda não havia sido inventado naquela época e, com isso, o trabalho de um escriba acabava sendo pago por meio de vários alimentos, como frutas, pão, trigo, carne, gordura, sal ou a prestação de um outro serviço
terça-feira, 15 de maio de 2012
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enviado por Silvana Rosa
terça-feira, 3 de abril de 2012
sábado, 31 de março de 2012
Páscoa na escola
Nada tenho contra coelhinhos de olhos vermelhos de pêlo branquinho e ovos de chocolate (especialmente os trufados), mas tem gente comprando gato por lebre, ou melhor, lebre por cordeiro.
Recentemente um jornal do Grande ABC noticiou que uma professora evangélica estava usando 20 minutos de suas aulas para ler a Bíblia e pregar o evangelho. Se, e somente se, ela realmente vinha fazendo isso está totalmente errada. A educação é laica. Mesmo colégios de origem religiosa devem se manter neutros no que diz respeito a religiosidade de seus alunos. Pode haver, sim, reuniões religiosas numa escola, desde que os participantes não sejam forçados a comparecer, que seja fora do horário de aula e seja aberto a toda e qualquer denominação, como acontece no Programa Escola da Família, onde grupos religiosos (de qualquer origem) reservam horários e salas para fazer reuniões e ensaios. Porém, em se tratando de Páscoa e Natal a situação muda, pois são festividades “Cristãs”. Transformar a Páscoa na festa do coelhinho e Natal na festa do Papai Noel é o mesmo que ensinar que os bebês são entregues pela cegonha.
É pecado fazer máscara de coelhinho para os alunos? Não estamos na igreja, estamos falando de escola. Se o coelhinho e o Papai Noel fazem parte da tradição não há porque excluí-los das comemorações. A questão é: Os professores sabem por que essas figuras fazem parte dessas festividades? O que é Páscoa? O que é Halloween? O que é Carnaval? Trabalhar uma data em aula não é procurar uma imagem na internet, xerocar e distribuir entre os alunos para ser colorido (Xerox é uma marca, não é verbo, xerocar é um neologismo, pelo que eu sei ainda não aceito, portanto seu uso é errado, mas todo professor sabe o que é). Quando o professor se dispõe a trabalhar um tema deve estudá-lo previamente para que a aula não seja preenchida por atividades que não levam a conhecimento algum.
Páscoa é uma comemoração judaicocristã, podemos dizer que são duas festas. Para os cristãos a Páscoa representa a ressurreição de Jesus Cristo. Quando, de madrugada, três mulheres foram até a sepultura de Jesus para embalsamar o seu corpo e lá chegando encontraram a sepultura aberta (a enorme pedra que fechava a entrada tinha sido removida) e o corpo de Jesus havia sumido. Ao perguntarem para um homem, que elas julgavam ser o coveiro responsável, o que havia acontecido, reconheceram que era Jesus (vivo) então voltaram para a cidade e contaram aos discípulos, Lucas 24: 1 – 12. E isso tudo aconteceu num domingo de Páscoa.
Então Páscoa já existia? Sim. Os judeus comemoram a primeira Páscoa, que aconteceu no Egito. Depois de mandar 9 pragas para pressionar o faraó a libertar os hebreus (que foram escravos dos egípcios por 400 anos) Deus anunciou, através de Moisés, a 10ª praga, a morte dos primogênitos. Todos os primogênitos (filho mais velho) de todas as famílias e até dos animais seriam mortos naquela noite. A única maneira de evitar esse terrível mal era matar um cordeiro e passar o sangue dele na porta da casa. Quem fez isso sobreviveu, mas quem não o fez perdeu seu filho mais velho, como aconteceu com o faraó. Desgostoso, o faraó deixou o povo hebreu sair, mas assim que o povo saiu, ele reuniu seu exército e os perseguiu até que os encurralou na praia do mar vermelho, Êxodo 12 (o capítulo inteiro). Um filme muito bom para contar sobre o êxodo é “O príncipe do Egito”, da DreamWorks é desenho e muito bem feito.
Quando se trabalha um tema religioso na escola a intenção não pode ser a de converter os alunos, mas fazê-los conhecer a história que originou a festa e o feriado. Há alunos que não concordam com a história ou não acreditam que foi assim que aconteceu. Não discuta. Cada um tem o direito de crer ou não. Deixe que cada um fale e respeite a opinião de todos.
Quanto ao coelhinho e os ovos. Uns dizem que é por causa do aumento do povo hebreu, que a Bíblia narra como sendo o motivo principal da transformação do povo hebreu de imigrante
"A figura do coelho está simbolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.
Mas o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa? Tanto no significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova. Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida.
A figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII."