Culinária, artesanato, arte-educação, turismo História e histórias. Sugestões, depoimentos, desabafos, ideias, dicas e textos acadêmicos.

terça-feira, 27 de julho de 2010
quarta-feira, 21 de julho de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
CUIDADO! MONSTROS NA PISTA

Professora, apresentadora de TV, esposa, mãe, dona-de-casa e assassina nas horas vagas.
Como todo cidadão “responsável”, procuro manter minhas dívidas e meus documentos em ordem. Tirei a última segunda-feira para cuidar disso. Comecei o dia organizando a papelada. Fui de um banco para outro sacando, depositando, pagando e... Ufa! Tudo em ordem. Depois me dirigi à auto-escola para acertar os detalhes da renovação de minha CNH (Carteira de motorista). Tudo acertado fui ao médico para o exame.
TCHAN, TCHAN, TCHAN, TCHAN!
Depois de tudo feito a doutora me deu um meigo sorriso e disse que não poderia renovar minha carteira pelo prazo de cinco anos, como de costume. Ela atestou uma renovação por apenas um ano. Porque eu sou GORDA! Segundo ela, os obesos mórbidos (denominação técnica para gente balofa) representam um perigo para a população, pois correm o risco de sofrer um infarto enquanto dirigem e matar quem está na rua no momento infeliz. Há também o risco de dormir ao volante, não ser ágil o suficiente para fazer as manobras necessárias e não girar a cabeça o bastante para ver a paisagem. Ela me deu o prazo de um ano para resolver esse problema, ou seja, emagrecer. Sugeriu uma redução do estômago e ficou surpresa de que nenhum médico tenha feito essa indicação anteriormente.
Sai do consultório, literalmente, sem direção.
Procurei meus direitos e descobri que a lei EXISTE! Motoristas gordos, mesmo com anos de experiência e nenhum delito, como eu, perderão sua licença para dirigir caso não reduzam o peso.
Acredito que além do bafômetro a polícia rodoviária, a partir de agora, deverá ser equipada com balanças.
As estradas ganharão nova sinalização:
Cuidado! Restaurante a 500 metros, pode haver um gordo se abastecendo.
Acredito que a população deva ser alertada através de campanhas:
“Se comer não dirija. Se for dirigir não coma”.
“Papai, não coma”.
“Use cinto de segurança na boca”.
Sei que a obesidade é um problema e pode causar danos, mas nunca pensei que sendo gorda poderia fazer mal a alguém. Sinto-me um monstro. Uma assassina em potencial. Capaz de matar inocentes. Criancinhas a caminho da escola, idosos à espera do ônibus, trabalhadores. Sou uma pessoa perigosa. Uma pessoa FORA-DA-LEI.
Agora sei por que a Rodovia Fernão Dias está desabando. Foi aquele curso que eu fiz em São Paulo. Maldita Yakissoba.
O que me incomoda realmente é que ninguém pode prever que um garotão vai pegar o carro do papi e disputar um racha. Ou que um sujeito vai sair na contramão a toda velocidade porque perdeu o emprego ou brigou com a namorada. Mas basta olhar para um gordo para saber que ele vai dormir ao volante. A gostosona que passa o dia comendo gelo com alface para ser modelo também corre o risco de desmaiar ao volante, mas só o gordo FAZ MERDA.
Não me incomodaria passar por uma bateria de exames para saber minhas reais condições, mas não poder dirigir baseada na “possibilidade” de acontecer algo? A Bíblia diz que o futuro pertence a Deus. Como todo médico pensa que é deus, além de fazer diagnósticos, agora também fazem previsões. Esqueci de perguntar o número da próxima mega sena.
A palavra do momento é INCLUSÃO. Projetos e mais projetos do governo em favor do direito de ser diferente. Não é fácil para mim, como professora, falar de inclusão daqui para frente sabendo que faço parte dos EXCLUÍDOS.
Acredito na boa vontade da doutora e vou cumprir a lei. Na segunda-feira mesmo comecei mais uma dieta (Pelé fez mil gols e eu vou completar mil regimes). Mas gostaria de acreditar que, pensando na segurança da população, além de proibir os gordos de pegar no volante, o governo irá também melhorar as condições das estradas brasileiras. Afinal, não é preciso ser médico ou vidente para prever acidentes em estradas esburacadas, mal sinalizadas e sem acostamento. Outra determinação que espero encontrar na lei é a proibição de médicos dirigirem após plantões de 24 horas onde, supostamente, passam 24 horas trabalhando e por isso, correm mais risco de dormir ao volante que qualquer obeso.Eu não sou o único monstro desta história.
“MOTORISTA, RESPEITE A VIDA. NÃO ULTRAPASSE OS 80 K (quilos)”
terça-feira, 13 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Desabafo
O CACHORRO E O RABO DO MACACO
Como o tráfego era intenso, enquanto esperavam por uma brecha emendaram no bate-papo. O macaco sentou-se de costas para a rodovia para olhar o cachorro de frente enquanto conversavam. Vendo isso o cachorro o alertou:
-Macaco! Cuide de seu rabo, pois ele é muito comprido e uma carreta pode passar por cima dele.
O macaco, que estava no meio de uma anedota não quis ser interrompido e continuou tagarelando.
Cinco minutos depois o cachorro tornou a dizer:
-Macaco! Cuidado com o seu rabo. Ele é muito comprido e um carro pode passar por cima dele.
O Macaco, irritado porque o cachorro não prestava atenção às suas piadas, deu de ombro e se calou.
Mais cinco minutos se passaram e o cachorro, incomodado com o rabo do macaco, resolveu ele mesmo tirar o longo rabo do amigo da estrada. De repente, uma carreta tirou uma fina e arrancou o rabo do cachorro.
O macaco olhou para o amigo e disse:
-Pois é, meu amigo. Você passou tanto tempo preocupado com o meu rabo que se esqueceu de cuidar do seu.
(autor desconhecido)
sexta-feira, 9 de julho de 2010
PROFESSORA NEURÓTICA, AULA MALUCA, ALUNOS EM PÂNICO.

Em minhas aulas de teatro procuro ser criativa, mas há uma em especial que produz os efeitos mais incríveis e os comentários mais maldosos.
Aprendi essa técnica, entre muitas outras, no curso de contação de histórias de Vânia Dohme. Fui adaptando para meu modo de trabalhar e transformei em aula de teatro. É uma preparação para um trabalho posterior que envolva toda a sala. Tem dado bons resultados.
Antes de levar a proposta para a sala procure saber se na turma há alguém com problemas cardíacos ou algo parecido. Aula maluca sim, assassinato, não.
Avise a turma de que será uma experiência que mexerá com seus nervos, que em outras salas houve aluno que chorou, que fez xixi na calça, que passou a ter pesadelos. Claro que isso é um tremendo exagero, mas servirá de alerta e, principalmente, despertará o interesse da moçada.
Procure ou invente uma história emocionante. Uma aventura que comece num lindo dia ensolarado, cheio de flores e borboletas, no estilo Barbie e os Ursinhos Carinhosos. A história deve caminhar até uma noite de tempestade onde o único esconderijo é: uma caverna, uma velha mina, uma casa abandonada, a capela de um cemitério ou um castelo em ruínas. Lá dentro há um vulto que você não consegue definir. Você tenta encontrar a saída quando de repente... ahhh!!! (treine bastante em casa para, nessa hora, soltar um grito apavorante).
A história não deve ser longa, porém, cheia de detalhes.
Separe a turma em três grupos. Um grupo, composto pelos quietinhos e metidos a intelectuais, que vai observar o desenvolvimento da atividade, anotar o que for necessário, para trabalhar na montagem e direção de um trabalho posterior. O segundo grupo, formado pelos “faz-tudo”, vai te dar apoio usando o material que você preparou e será orientado à parte, em segredo. Esse grupo ficará responsável pelo cenário, efeitos de som e iluminação no trabalho posterior criado pelo grupo um. E o último grupo, que futuramente formará o corpo de atores, deve ser formado pelos mais sensíveis e tagarelas.
O terceiro grupo deverá permanecer sentado em duas fileiras de cadeiras de frente uma para outra formando um corredor entre elas. Detalhe: Com os olhos vendados. Os alunos que estão sentados não podem tirar a venda, se levantar ou movimentar os braços.
Você vai narrando a história enquanto o grupo de apoio vai passando por entre as fileiras de cadeiras usando o material que você disponibilizou. Você vai montar a história em cima desse material. Se você tem um apito que imita passarinho, então haverá passarinhos na sua história. Se você tem uma chapa de metal que produz som de trovão, então haverá trovões na sua história.
Para um jardim florido, use Bom-Ar, para chuva e cachoeira use spray com água, para vento use leques, para som de chuva despeje arroz numa tigela ou amasse sacolinhas de supermercado, para galhos e folhas secas amasse copinhos descartáveis, para teias de aranha use uma echarpe de sêda ou fios de lã ou tiras de sacolinha amarradas em fila num palito de churrasco. Crie, invente. A sua equipe pode rosnar, latir, miar, uivar, gemer, sussurrar.
IMPORTANTE: Ninguém deve falar durante a história, exceto você.
A história termina no grito. Ninguém fica sabendo o que havia no escuro. Porque os monstros têm a forma que damos a eles. Cada um cria o seu.
Entre explicações, dividir a sala em grupos, orientar a equipe de apoio, posicionar o terceiro grupo, dispor os objetos sobre uma mesa ou balcão, contar a história, recolher os objetos, fazer a chamada e reorganizar a sala você terá 50 minutos. Por isso, observe e faça a seleção dos alunos em aulas anteriores, mas não conte a eles. Peça ao grupo um que organize as cadeiras e vende os colegas do grupo três enquanto você sai da sala para orientar o grupo dois. Coloque o João Victor ou o Matheus (toda sala tem um) para vigiar a porta e não deixar que a aula seja interrompida por NINGUÉM (eles adoram isso).
Depois do grito, ou melhor, dos gritos, peça aos alunos que estavam vendados que contem as sensações que tiveram e o que cada um achou que havia na escuridão.
Na próxima aula fale sobre a narrativa de Orson Welles da história de ficção Guerra dos Mundos, de H. G. Wells, disponível em: www.ceticismoabert.com/panico.
Fica aí uma sugestão para o próximo Halloween
Qualquer dúvida, mande um e-mail para veravaltingojer@ig.com.br
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Lei obriga o ensino de Música na escola a partir de 2012

MÚSICA NA ESCOLA, CURRÍCULO OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2012.
Muito além de formar músicos profissionais ou especialistas na área, a Educação Musical auxilia no desenvolvimento cultural e psicomotor, estimula o contato com diferentes linguagens, contribui para a sociabilidade e democratiza o acesso à arte. Por isso, a partir de 2012, a Música será conteúdo obrigatório em toda Educação Básica. É o que determina a Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008.
Embora ainda não se saiba se os conteúdos serão trabalhados em uma disciplina específica ou nas aulas de Artes, com professores polivalentes, as escolas devem adaptar seus currículos até o início do ano letivo de 2012. Tocar, ouvir, criar e entender sobre a História da Música são pontos fundamentais de ensino. Para a professora do Departamento de Música da Universidade de São Paulo, Teca Alencar de Brito, contudo, os currículos não devem ser engessados. “Não se pode ensinar Música a partir de uma visão utilitarista. Estamos falando de arte. É preciso explorar as sensibilidades”, afirma a especialista, criadora da Teca Oficina de Música.
Outro ponto nebuloso da nova legislação diz respeito a não obrigatoriedade da graduação em Música para ministrar as aulas. O artigo da lei que previa a formação específica na área foi vetado pelo Ministério da Educação sob alegação de que, no Brasil, existem diversos profissionais atuantes na área sem formação acadêmica. A discussão, agora, está a cargo da Fundação Nacional de Artes (Funarte) que, a partir de um protocolo de parceria firmado entre o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação, está organizando encontros regionais com acadêmicos, especialistas, Secretarias de Educação e Associações de Estudos Musicais para realizar uma espécie de mapeamento do ensino de Música nos estados brasileiros. (revistaescola.abril.com.br, acesso em 08/07/2010)
Na cidade de Bom Jesus dos Perdões, região bragantina, interior de São Paulo, a música faz parte do currículo das escolas municipais (da 1ª à 4ª série e agora, do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental de 9 anos) desde 2004, projeto do Secretário da Educação Professor José Roberto Forte, na gestão da época. Desde então a contratação de professores de Arte nos concursos do município têm gerado polêmicas por parte de profissionais que não possuem formação musical além da graduação.
A rede conta atualmente com 7 profissionais que atuam nas escolas, sendo que dois deles também trabalham num projeto paralelo denominado “Projeto Santuário da Música”, referência ao fato da cidade ter sido elevada ao status de “Cidade-Santuário” por abrigar a imagem de Bom Jesus dos Perdões e receber anualmente milhares de fiéis.
O Projeto Santuário da Música conta com aulas de violão, flauta, coral e fanfarra. Participa da abertura oficial dos eventos da cidade e coordena o encontro de corais na Semana das Cantatas de Natal.
Nas escolas o ensino de música faz parte da disciplina de Arte que foca a musicalização infantil, a educação musical, e não a formação de músicos. As aulas de Arte nas escolas municipais também incluem a educação em Artes Visuais, Teatro e Dança.
Para manter equilibrado o ensino de Arte na rede, os professores de Arte, chamados de “Professores Especialistas”, conseguiram junto à atual Secretária da Educação, Professora Edilaine, a permissão para uma reunião semanal, um HTPC exclusivo para todos os professores de Arte do município. Nesses encontros são feitas trocas de informação e material, sugestões, elaboração de projetos e está em andamento uma cartilha de Arte-Educação, que deverá estar pronta antes do início do ano letivo de 2011, com sugestões e idéias para aulas polivalentes de arte, inclusive Educação Músical. Essa cartilha visa não somente dar apoio aos novos professores da rede municipal de Bom Jesus dos Perdões, mas também aos profissionais da rede estadual e particular que estão “perdidos” com a nova determinação da Lei 11.769.
Enquanto a cartilha não sai do forno, deixo umas dicas pra você Professor de Arte ir se acostumando com a idéia.
DEVE-SE DIZER MÚSICA CLÁSSICA OU MÚSICA ERUDITA?
Na verdade, nenhum dos dois termos é apropriado. Para apreciar a música tocada pela Osesp, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, não é necessário qualquer grau de erudição. Já o termo ‘clássico’ refere-se apenas a um período da história da música, o Classicismo (época de Mozart), que veio depois do Barroco (de Bach) e antes do Romantismo (de Mahler). Você pode se referir à música que a Osesp apresenta como música ‘sinfônica’ ou música ‘de concerto’.
Extraído do site da OSESP: http://www.osesp.art.br/
ORQUESTRA DE VIENA BRINCA COM ESTEREÓTIPOS DA MÚSICA ERUDITA EM APRESENTAÇÃO NO RECIFE.
Todas as ideias pré-concebidas para uma renomada orquestra europeia caíram por terra com a apresentação da Orquestra Strauss Capelle de Viena. Além dos tradicionais instrumentos da música erudita, como violino, contrabaixo e cello, a plateia foi pega de surpresa com apitos, taças de champanhe e passinhos desengonçados de dança do maestro. O público lotou o Teatro Beberibe, em Olinda, para ver o espetáculo, que teve entrada gratuita.
O tom de brincadeira começou já na indumentária dos músicos. Caracterizados com trajes históricos, como se apresentava a orquestra à época de Johann Strauss em 1853, o tom do espetáculo era teatral. O maestro Rainer Roos começou com pequenas brincadeiras para quebrar o clima até chegar ao ápice, interpretando um trôpego maestro regendo os músicos com uma taça de espumante. O público entrou na proposta de desconstruir os preconceitos sobre a música erudita e acompanhou as brincadeiras, batendo palmas, conversando e até gemendo junto com os músicos.
A participação especial da cantora lírica Marcela Cerno, também vienense, causou ainda mais comoção. Elegante como uma princesa da Era Vitoriana, desceu do palco para cantar entre as pessoas e, ao interpretar temas clássicos como "Meu senhor marquês", não se fazia de rogada em arriscar passinhos de dança ou soltar gargalhadas. Na já citada cena com o espumante, chegou atrapalhando o andar da orquestra, gritando com forte sotaque: "Hoje eu estou de porre!".
POPULAR - As músicas da Orquestra de Viena também ajudaram a empatia com o público. Populares, as composições do austríaco Johann Strauss são hits em festas de casamento, formatura e até desenhos animados da Disney. Por isso, valsas como "O Danúbio Azul" e "Sangue Vienense" estão presentes no imaginário coletivo até para quem nunca se interessou por música erudita.
Para terminar de compor a proposta popular da noite, o cantor pernambucano André Rio fez uma participação especial. Numa homenagem aos 50 anos do compositor Villa-Lobos, ele cantou com a orquestra "O Trenzinho do Caipira".
Fundada em 1853, a Orquestra Strauss Capelle de Viena é uma das mais antigas da Europa. Desativada por cerca de 100 anos, foi retomada em 1977 e conta com mais de 2700 concertos em turnês pelo mundo. Tem cinco maestros fixos e a personalidade das apresentações varia de acordo com a regência de cada um.
Extraído do Portal da Música Erudita da Wikipédia, onde você encontra artigos sobre música erudita, biografia de compositores, história da música, teoria musical, agenda de eventos e até pode ouvir trechos de composições famosas.
Para saber mais sobre música:
Acompanhe as postagens do Maestro Marcos Gama no blog educacaomusicaladistancia.blogspot.com
Assista as vídeoaulas da Professora Thaís Valentino no blog programaichthus.blogspot.com
Visite os sites:
http://www.musicaeadoracao.com.br/
http://www.osesp.art.br/
Muito além de formar músicos profissionais ou especialistas na área, a Educação Musical auxilia no desenvolvimento cultural e psicomotor, estimula o contato com diferentes linguagens, contribui para a sociabilidade e democratiza o acesso à arte. Por isso, a partir de 2012, a Música será conteúdo obrigatório em toda Educação Básica. É o que determina a Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008.
Embora ainda não se saiba se os conteúdos serão trabalhados em uma disciplina específica ou nas aulas de Artes, com professores polivalentes, as escolas devem adaptar seus currículos até o início do ano letivo de 2012. Tocar, ouvir, criar e entender sobre a História da Música são pontos fundamentais de ensino. Para a professora do Departamento de Música da Universidade de São Paulo, Teca Alencar de Brito, contudo, os currículos não devem ser engessados. “Não se pode ensinar Música a partir de uma visão utilitarista. Estamos falando de arte. É preciso explorar as sensibilidades”, afirma a especialista, criadora da Teca Oficina de Música.
Outro ponto nebuloso da nova legislação diz respeito a não obrigatoriedade da graduação em Música para ministrar as aulas. O artigo da lei que previa a formação específica na área foi vetado pelo Ministério da Educação sob alegação de que, no Brasil, existem diversos profissionais atuantes na área sem formação acadêmica. A discussão, agora, está a cargo da Fundação Nacional de Artes (Funarte) que, a partir de um protocolo de parceria firmado entre o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação, está organizando encontros regionais com acadêmicos, especialistas, Secretarias de Educação e Associações de Estudos Musicais para realizar uma espécie de mapeamento do ensino de Música nos estados brasileiros. (revistaescola.abril.com.br, acesso em 08/07/2010)
Na cidade de Bom Jesus dos Perdões, região bragantina, interior de São Paulo, a música faz parte do currículo das escolas municipais (da 1ª à 4ª série e agora, do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental de 9 anos) desde 2004, projeto do Secretário da Educação Professor José Roberto Forte, na gestão da época. Desde então a contratação de professores de Arte nos concursos do município têm gerado polêmicas por parte de profissionais que não possuem formação musical além da graduação.
A rede conta atualmente com 7 profissionais que atuam nas escolas, sendo que dois deles também trabalham num projeto paralelo denominado “Projeto Santuário da Música”, referência ao fato da cidade ter sido elevada ao status de “Cidade-Santuário” por abrigar a imagem de Bom Jesus dos Perdões e receber anualmente milhares de fiéis.
O Projeto Santuário da Música conta com aulas de violão, flauta, coral e fanfarra. Participa da abertura oficial dos eventos da cidade e coordena o encontro de corais na Semana das Cantatas de Natal.
Nas escolas o ensino de música faz parte da disciplina de Arte que foca a musicalização infantil, a educação musical, e não a formação de músicos. As aulas de Arte nas escolas municipais também incluem a educação em Artes Visuais, Teatro e Dança.
Para manter equilibrado o ensino de Arte na rede, os professores de Arte, chamados de “Professores Especialistas”, conseguiram junto à atual Secretária da Educação, Professora Edilaine, a permissão para uma reunião semanal, um HTPC exclusivo para todos os professores de Arte do município. Nesses encontros são feitas trocas de informação e material, sugestões, elaboração de projetos e está em andamento uma cartilha de Arte-Educação, que deverá estar pronta antes do início do ano letivo de 2011, com sugestões e idéias para aulas polivalentes de arte, inclusive Educação Músical. Essa cartilha visa não somente dar apoio aos novos professores da rede municipal de Bom Jesus dos Perdões, mas também aos profissionais da rede estadual e particular que estão “perdidos” com a nova determinação da Lei 11.769.
Enquanto a cartilha não sai do forno, deixo umas dicas pra você Professor de Arte ir se acostumando com a idéia.
DEVE-SE DIZER MÚSICA CLÁSSICA OU MÚSICA ERUDITA?
Na verdade, nenhum dos dois termos é apropriado. Para apreciar a música tocada pela Osesp, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, não é necessário qualquer grau de erudição. Já o termo ‘clássico’ refere-se apenas a um período da história da música, o Classicismo (época de Mozart), que veio depois do Barroco (de Bach) e antes do Romantismo (de Mahler). Você pode se referir à música que a Osesp apresenta como música ‘sinfônica’ ou música ‘de concerto’.
Extraído do site da OSESP: http://www.osesp.art.br/
ORQUESTRA DE VIENA BRINCA COM ESTEREÓTIPOS DA MÚSICA ERUDITA EM APRESENTAÇÃO NO RECIFE.
Todas as ideias pré-concebidas para uma renomada orquestra europeia caíram por terra com a apresentação da Orquestra Strauss Capelle de Viena. Além dos tradicionais instrumentos da música erudita, como violino, contrabaixo e cello, a plateia foi pega de surpresa com apitos, taças de champanhe e passinhos desengonçados de dança do maestro. O público lotou o Teatro Beberibe, em Olinda, para ver o espetáculo, que teve entrada gratuita.
O tom de brincadeira começou já na indumentária dos músicos. Caracterizados com trajes históricos, como se apresentava a orquestra à época de Johann Strauss em 1853, o tom do espetáculo era teatral. O maestro Rainer Roos começou com pequenas brincadeiras para quebrar o clima até chegar ao ápice, interpretando um trôpego maestro regendo os músicos com uma taça de espumante. O público entrou na proposta de desconstruir os preconceitos sobre a música erudita e acompanhou as brincadeiras, batendo palmas, conversando e até gemendo junto com os músicos.
A participação especial da cantora lírica Marcela Cerno, também vienense, causou ainda mais comoção. Elegante como uma princesa da Era Vitoriana, desceu do palco para cantar entre as pessoas e, ao interpretar temas clássicos como "Meu senhor marquês", não se fazia de rogada em arriscar passinhos de dança ou soltar gargalhadas. Na já citada cena com o espumante, chegou atrapalhando o andar da orquestra, gritando com forte sotaque: "Hoje eu estou de porre!".
POPULAR - As músicas da Orquestra de Viena também ajudaram a empatia com o público. Populares, as composições do austríaco Johann Strauss são hits em festas de casamento, formatura e até desenhos animados da Disney. Por isso, valsas como "O Danúbio Azul" e "Sangue Vienense" estão presentes no imaginário coletivo até para quem nunca se interessou por música erudita.
Para terminar de compor a proposta popular da noite, o cantor pernambucano André Rio fez uma participação especial. Numa homenagem aos 50 anos do compositor Villa-Lobos, ele cantou com a orquestra "O Trenzinho do Caipira".
Fundada em 1853, a Orquestra Strauss Capelle de Viena é uma das mais antigas da Europa. Desativada por cerca de 100 anos, foi retomada em 1977 e conta com mais de 2700 concertos em turnês pelo mundo. Tem cinco maestros fixos e a personalidade das apresentações varia de acordo com a regência de cada um.
Extraído do Portal da Música Erudita da Wikipédia, onde você encontra artigos sobre música erudita, biografia de compositores, história da música, teoria musical, agenda de eventos e até pode ouvir trechos de composições famosas.
Para saber mais sobre música:
Acompanhe as postagens do Maestro Marcos Gama no blog educacaomusicaladistancia.blogspot.com
Assista as vídeoaulas da Professora Thaís Valentino no blog programaichthus.blogspot.com
Visite os sites:
http://www.musicaeadoracao.com.br/
http://www.osesp.art.br/
sábado, 3 de julho de 2010
PARABÉNS HOLANDA!!!!!!
O Brasil perdeu a disputa contra a Holanda. O 5º jogo. Foram três vitórias, um empate e uma derrota.
A culpa foi do Dunga. Foi do Felipe Melo. Culpa? Que culpa?
Culpa de ter sido classificado para a Copa do Mundo enquanto tantos outros países ficaram de fora?
Culpa de ser o alvo de todas as outras seleções, afinal é o único país Pentacampeão?
Culpa de estar lá suando a camisa enquanto 190 milhões de brasileiros comiam pipoca em frente à TV?
O Brasil só carrega uma culpa, em minha opinião. Não aceitar que numa disputa há um vencedor e, consequentemente, um perdedor. E assim, todo time, quando entra em campo, tem 50% de chance de ser vencedor. Doutra forma, torcer seria inútil.
Essa é a culpa da seleção brasileira. Não aplaudir a seleção vencedora e sair de cabeça erguida.
Quando alguém baixa a cabeça não está simplesmente admitindo a derrota, está demonstrando vergonha. E eu não vejo vergonha em uma desclassificação onde se deu tudo de si.
O Brasil fez sua parte em jogar bonito (não importa o que dizem os especialistas) e nós fizemos nossa parte gritando, pulando, roendo as unhas e, alguns, chorando.
Espero um dia ver os jogadores brasileiros aplaudindo o time adversário, perdendo ou ganhando. Copa não é guerra. É uma disputa entre nações amigas, entre povos irmãos. É alegria.
Parabéns Holanda! Conseguiu vencer a melhor seleção de futebol do mundo.
Parabéns Brasil! Foi um jogão de bola, digno da melhor seleção de futebol do mundo.
A culpa foi do Dunga. Foi do Felipe Melo. Culpa? Que culpa?
Culpa de ter sido classificado para a Copa do Mundo enquanto tantos outros países ficaram de fora?
Culpa de ser o alvo de todas as outras seleções, afinal é o único país Pentacampeão?
Culpa de estar lá suando a camisa enquanto 190 milhões de brasileiros comiam pipoca em frente à TV?
O Brasil só carrega uma culpa, em minha opinião. Não aceitar que numa disputa há um vencedor e, consequentemente, um perdedor. E assim, todo time, quando entra em campo, tem 50% de chance de ser vencedor. Doutra forma, torcer seria inútil.
Essa é a culpa da seleção brasileira. Não aplaudir a seleção vencedora e sair de cabeça erguida.
Quando alguém baixa a cabeça não está simplesmente admitindo a derrota, está demonstrando vergonha. E eu não vejo vergonha em uma desclassificação onde se deu tudo de si.
O Brasil fez sua parte em jogar bonito (não importa o que dizem os especialistas) e nós fizemos nossa parte gritando, pulando, roendo as unhas e, alguns, chorando.
Espero um dia ver os jogadores brasileiros aplaudindo o time adversário, perdendo ou ganhando. Copa não é guerra. É uma disputa entre nações amigas, entre povos irmãos. É alegria.
Parabéns Holanda! Conseguiu vencer a melhor seleção de futebol do mundo.
Parabéns Brasil! Foi um jogão de bola, digno da melhor seleção de futebol do mundo.
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