Fui ao cinema com meus filhos para ver Avatar. Não é o gênero de filme que me atrai, mas confesso que gostei muito.
Jack Sully, um fuzileiro paraplégico acaba se metendo num ousado projeto científico para substituir o irmão gêmeo, cientista, morto durante um assalto. Sem experiência nenhuma Jack se vê completamente perdido e, com suas atitudes infantis, acaba pondo em risco o andamento das pesquisas e sua própria vida. Mas, após uma série de aventuras, tudo acaba bem. Afinal é um filme e Jack é o mocinho.
Avatar vem do sânscrito Aval, que significa "Aquele que descende de Deus", ou simplesmente "Encarnação". Qualquer espírito que ocupe um corpo de carne, representando assim uma manifestação divina na Terra.Origem: Wikipédia, 23/06/2010.
Avatar tinha tudo para ser mais uma superprodução lenga-lenga não fosse o leque de situações de conflito que envolve a trama. Embora o apelo ecológico se apresente como carro-chefe, outros temas são abordados e podem gerar debates, principalmente em salas de aula, como a xenofobia, quando se tem aversão por uma pessoa apenas por ela ser estrangeira, como acontece com judeus, ciganos, índios, nordestinos, etc. Ou a pressão psicológica sobre irmãos gêmeos, quando todos esperam que ambos passem no vestibular, tenham a mesma profissão, ou quando alguém se vê pressionado a suprir a falta de um irmão falecido. O desprezo dos PHDs pelos meros mortais que não têm uma universidade renomada responsável por seus conhecimentos. A exclusão dos deficientes físicos, ops... portadores de necessidades especiais. O clube do bolinha, onde ao invés de trabalhar juntos cada grupo se fecha (cientistas, executivos e militares) tentando resolver os problemas a sua moda. A intolerância religiosa e cultural. E por ai vai.
O filme gira em torno da destruição de um paraíso ecológico adorado e protegido por uma tribo de nativos humanóides de um planeta distante (Pandora). Uma árvore gigante, que serve como casa aos nativos, está sobre uma enorme reserva de um minério caríssimo, está também, ligada a outras milhares de árvores que se nutrem de Eywá, árvore-mãe, a deusa, a fonte de energia do planeta. Dinheiro X Patrimônio cultural imaterial. O tema não é novo, já foi explorado em filmes como o brasileiro “Os Narradores de Javé”, 2003, direção de Eliane Caffé, e na produção australiana e alemã “Onde sonham as formigas verdes”, 1983, direção do alemão Werner Herzog.
A semelhança entre o filme de James Cameron e o filme de Herzog é gritante. Companhia de mineração tenta expulsar nativos que insistem em permanecer no local por questões culturais. A dificuldade de classes dominantes em compreender que há pessoas para quem o dinheiro não é tudo e que a paz de espírito supera qualquer conforto proposto ao corpo. Até o fato de que as formigas de Herzog são verdes e os Na’vi de Cameron são azuis. O conflito de Herzog se passa onde sonham as formigas verdes e os avatares de Cameron só funcionam quando os cientistas dormem. A diferença entre as duas produções é que enquanto o filme de Herzog foi rodado sobre dunas de areia o filme de Cameron enche a tela com paisagens virtuais. Mas o tema é o mesmo. E ambos podem ser trabalhados em aula gerando discussões sobre conflitos bem atuais, muitos deles enfrentados pelos próprios alunos. Mas com certeza a garotada vai preferir discutir sobre Avatar.
James Cameron iniciou o projeto Avatar em 1994, mas resolveu esperar para iniciar as filmagens porque, na sua opinião, não havia tecnologia para a produção de um projeto cinematográfico como ele desejava. A língua Na’vi foi desenvolvida pelo lingüista Paul Frommer em 2005. Apesar de ter ganhado somente 3 Oscares a produção de Avatar representa uma inovação na tecnologia cinematográfica. As câmeras da versão 3D foram criadas especialmente para o filme e na Coréia o filme está sendo exibido em 4D.
Um Filme 4-D (às vezes escrito Filme 4D) é um termo de marketing que descreve um sistema que combina um filme 3-D com efeitos físicos que ocorrem em sincronia com o filme. Como os efeitos fisicos são muito caros para serem realizados, os filmes 4-D são normalmente apresentados em locais especiais como parques de diversões e eventos especializados. No entanto na Coreia, algumas salas de cinema tem a capacidade de apresentar filmes em 4-D e o Filme "Avatar" foi um dos 10 que receberam esse tipo de tratamento para exibição, começando com o "Viagem ao centro da Terra”.
Alguns dos efeitos que são simulados em filme 4-D incluem: chuva, vento, luzes estroboscópicas e vibração dos assentos. O uso de sprays de água e jatos de ar são bastante comuns. Atualmente no Brasil existe o brinquedo Cinétrion que fica no Hopi Hari que tem alguns efeitos em 4-D como a vibração dos assentos.( Wikipédia, 23/06/2010)
Orçado em torno de 230 milhões de dólares, Avatar custou nada menos que 740 milhões e bateu os recordes faturando mais de 2 bilhões de dólares em menos de um mês de exibições. O DVD está disponível nas locadouras, mas nada supera a velha telona dos cinemas e o cheiro da pipoca na manteiga que só os pipoqueiros de cinema sabem fazer.
Não fique em casa no próximo sábado. Avatar, Alice no país das maravilhas ou sei lá o quê, pegue a molecada e vá ao cinema. Divirta-se!
Obrigada pela companhia. O chá estava delicioso. Agora, com sua licença, vou fazer tricô.
Jack Sully, um fuzileiro paraplégico acaba se metendo num ousado projeto científico para substituir o irmão gêmeo, cientista, morto durante um assalto. Sem experiência nenhuma Jack se vê completamente perdido e, com suas atitudes infantis, acaba pondo em risco o andamento das pesquisas e sua própria vida. Mas, após uma série de aventuras, tudo acaba bem. Afinal é um filme e Jack é o mocinho.
Avatar vem do sânscrito Aval, que significa "Aquele que descende de Deus", ou simplesmente "Encarnação". Qualquer espírito que ocupe um corpo de carne, representando assim uma manifestação divina na Terra.Origem: Wikipédia, 23/06/2010.
Avatar tinha tudo para ser mais uma superprodução lenga-lenga não fosse o leque de situações de conflito que envolve a trama. Embora o apelo ecológico se apresente como carro-chefe, outros temas são abordados e podem gerar debates, principalmente em salas de aula, como a xenofobia, quando se tem aversão por uma pessoa apenas por ela ser estrangeira, como acontece com judeus, ciganos, índios, nordestinos, etc. Ou a pressão psicológica sobre irmãos gêmeos, quando todos esperam que ambos passem no vestibular, tenham a mesma profissão, ou quando alguém se vê pressionado a suprir a falta de um irmão falecido. O desprezo dos PHDs pelos meros mortais que não têm uma universidade renomada responsável por seus conhecimentos. A exclusão dos deficientes físicos, ops... portadores de necessidades especiais. O clube do bolinha, onde ao invés de trabalhar juntos cada grupo se fecha (cientistas, executivos e militares) tentando resolver os problemas a sua moda. A intolerância religiosa e cultural. E por ai vai.
O filme gira em torno da destruição de um paraíso ecológico adorado e protegido por uma tribo de nativos humanóides de um planeta distante (Pandora). Uma árvore gigante, que serve como casa aos nativos, está sobre uma enorme reserva de um minério caríssimo, está também, ligada a outras milhares de árvores que se nutrem de Eywá, árvore-mãe, a deusa, a fonte de energia do planeta. Dinheiro X Patrimônio cultural imaterial. O tema não é novo, já foi explorado em filmes como o brasileiro “Os Narradores de Javé”, 2003, direção de Eliane Caffé, e na produção australiana e alemã “Onde sonham as formigas verdes”, 1983, direção do alemão Werner Herzog.
A semelhança entre o filme de James Cameron e o filme de Herzog é gritante. Companhia de mineração tenta expulsar nativos que insistem em permanecer no local por questões culturais. A dificuldade de classes dominantes em compreender que há pessoas para quem o dinheiro não é tudo e que a paz de espírito supera qualquer conforto proposto ao corpo. Até o fato de que as formigas de Herzog são verdes e os Na’vi de Cameron são azuis. O conflito de Herzog se passa onde sonham as formigas verdes e os avatares de Cameron só funcionam quando os cientistas dormem. A diferença entre as duas produções é que enquanto o filme de Herzog foi rodado sobre dunas de areia o filme de Cameron enche a tela com paisagens virtuais. Mas o tema é o mesmo. E ambos podem ser trabalhados em aula gerando discussões sobre conflitos bem atuais, muitos deles enfrentados pelos próprios alunos. Mas com certeza a garotada vai preferir discutir sobre Avatar.
James Cameron iniciou o projeto Avatar em 1994, mas resolveu esperar para iniciar as filmagens porque, na sua opinião, não havia tecnologia para a produção de um projeto cinematográfico como ele desejava. A língua Na’vi foi desenvolvida pelo lingüista Paul Frommer em 2005. Apesar de ter ganhado somente 3 Oscares a produção de Avatar representa uma inovação na tecnologia cinematográfica. As câmeras da versão 3D foram criadas especialmente para o filme e na Coréia o filme está sendo exibido em 4D.
Um Filme 4-D (às vezes escrito Filme 4D) é um termo de marketing que descreve um sistema que combina um filme 3-D com efeitos físicos que ocorrem em sincronia com o filme. Como os efeitos fisicos são muito caros para serem realizados, os filmes 4-D são normalmente apresentados em locais especiais como parques de diversões e eventos especializados. No entanto na Coreia, algumas salas de cinema tem a capacidade de apresentar filmes em 4-D e o Filme "Avatar" foi um dos 10 que receberam esse tipo de tratamento para exibição, começando com o "Viagem ao centro da Terra”.
Alguns dos efeitos que são simulados em filme 4-D incluem: chuva, vento, luzes estroboscópicas e vibração dos assentos. O uso de sprays de água e jatos de ar são bastante comuns. Atualmente no Brasil existe o brinquedo Cinétrion que fica no Hopi Hari que tem alguns efeitos em 4-D como a vibração dos assentos.( Wikipédia, 23/06/2010)
Orçado em torno de 230 milhões de dólares, Avatar custou nada menos que 740 milhões e bateu os recordes faturando mais de 2 bilhões de dólares em menos de um mês de exibições. O DVD está disponível nas locadouras, mas nada supera a velha telona dos cinemas e o cheiro da pipoca na manteiga que só os pipoqueiros de cinema sabem fazer.
Não fique em casa no próximo sábado. Avatar, Alice no país das maravilhas ou sei lá o quê, pegue a molecada e vá ao cinema. Divirta-se!
Obrigada pela companhia. O chá estava delicioso. Agora, com sua licença, vou fazer tricô.
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