MÚSICA NA ESCOLA, CURRÍCULO OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2012.
Muito além de formar músicos profissionais ou especialistas na área, a Educação Musical auxilia no desenvolvimento cultural e psicomotor, estimula o contato com diferentes linguagens, contribui para a sociabilidade e democratiza o acesso à arte. Por isso, a partir de 2012, a Música será conteúdo obrigatório em toda Educação Básica. É o que determina a Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008.
Embora ainda não se saiba se os conteúdos serão trabalhados em uma disciplina específica ou nas aulas de Artes, com professores polivalentes, as escolas devem adaptar seus currículos até o início do ano letivo de 2012. Tocar, ouvir, criar e entender sobre a História da Música são pontos fundamentais de ensino. Para a professora do Departamento de Música da Universidade de São Paulo, Teca Alencar de Brito, contudo, os currículos não devem ser engessados. “Não se pode ensinar Música a partir de uma visão utilitarista. Estamos falando de arte. É preciso explorar as sensibilidades”, afirma a especialista, criadora da Teca Oficina de Música.
Outro ponto nebuloso da nova legislação diz respeito a não obrigatoriedade da graduação em Música para ministrar as aulas. O artigo da lei que previa a formação específica na área foi vetado pelo Ministério da Educação sob alegação de que, no Brasil, existem diversos profissionais atuantes na área sem formação acadêmica. A discussão, agora, está a cargo da Fundação Nacional de Artes (Funarte) que, a partir de um protocolo de parceria firmado entre o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação, está organizando encontros regionais com acadêmicos, especialistas, Secretarias de Educação e Associações de Estudos Musicais para realizar uma espécie de mapeamento do ensino de Música nos estados brasileiros. (revistaescola.abril.com.br, acesso em 08/07/2010)
Na cidade de Bom Jesus dos Perdões, região bragantina, interior de São Paulo, a música faz parte do currículo das escolas municipais (da 1ª à 4ª série e agora, do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental de 9 anos) desde 2004, projeto do Secretário da Educação Professor José Roberto Forte, na gestão da época. Desde então a contratação de professores de Arte nos concursos do município têm gerado polêmicas por parte de profissionais que não possuem formação musical além da graduação.
A rede conta atualmente com 7 profissionais que atuam nas escolas, sendo que dois deles também trabalham num projeto paralelo denominado “Projeto Santuário da Música”, referência ao fato da cidade ter sido elevada ao status de “Cidade-Santuário” por abrigar a imagem de Bom Jesus dos Perdões e receber anualmente milhares de fiéis.
O Projeto Santuário da Música conta com aulas de violão, flauta, coral e fanfarra. Participa da abertura oficial dos eventos da cidade e coordena o encontro de corais na Semana das Cantatas de Natal.
Nas escolas o ensino de música faz parte da disciplina de Arte que foca a musicalização infantil, a educação musical, e não a formação de músicos. As aulas de Arte nas escolas municipais também incluem a educação em Artes Visuais, Teatro e Dança.
Para manter equilibrado o ensino de Arte na rede, os professores de Arte, chamados de “Professores Especialistas”, conseguiram junto à atual Secretária da Educação, Professora Edilaine, a permissão para uma reunião semanal, um HTPC exclusivo para todos os professores de Arte do município. Nesses encontros são feitas trocas de informação e material, sugestões, elaboração de projetos e está em andamento uma cartilha de Arte-Educação, que deverá estar pronta antes do início do ano letivo de 2011, com sugestões e idéias para aulas polivalentes de arte, inclusive Educação Músical. Essa cartilha visa não somente dar apoio aos novos professores da rede municipal de Bom Jesus dos Perdões, mas também aos profissionais da rede estadual e particular que estão “perdidos” com a nova determinação da Lei 11.769.
Enquanto a cartilha não sai do forno, deixo umas dicas pra você Professor de Arte ir se acostumando com a idéia.
DEVE-SE DIZER MÚSICA CLÁSSICA OU MÚSICA ERUDITA?
Na verdade, nenhum dos dois termos é apropriado. Para apreciar a música tocada pela Osesp, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, não é necessário qualquer grau de erudição. Já o termo ‘clássico’ refere-se apenas a um período da história da música, o Classicismo (época de Mozart), que veio depois do Barroco (de Bach) e antes do Romantismo (de Mahler). Você pode se referir à música que a Osesp apresenta como música ‘sinfônica’ ou música ‘de concerto’.
Extraído do site da OSESP:
http://www.osesp.art.br/ORQUESTRA DE
VIENA BRINCA COM ESTEREÓTIPOS DA
MÚSICA ERUDITA EM APRESENTAÇÃO NO
RECIFE.
Todas as ideias pré-concebidas para uma renomada
orquestra europeia caíram por terra com a apresentação da Orquestra Strauss Capelle de
Viena. Além dos tradicionais instrumentos da música erudita, como
violino,
contrabaixo e
cello, a plateia foi pega de surpresa com apitos, taças de champanhe e passinhos desengonçados de dança do
maestro. O público lotou o Teatro Beberibe, em
Olinda, para ver o espetáculo, que teve entrada gratuita.
O tom de brincadeira começou já na indumentária dos músicos. Caracterizados com trajes históricos, como se apresentava a orquestra à época de
Johann Strauss em 1853, o tom do espetáculo era teatral. O maestro Rainer Roos começou com pequenas brincadeiras para quebrar o clima até chegar ao ápice, interpretando um trôpego maestro regendo os músicos com uma taça de espumante. O público entrou na proposta de desconstruir os preconceitos sobre a música erudita e acompanhou as brincadeiras, batendo palmas, conversando e até gemendo junto com os músicos.
A participação especial da cantora lírica Marcela Cerno, também vienense, causou ainda mais comoção. Elegante como uma princesa da Era Vitoriana, desceu do palco para cantar entre as pessoas e, ao interpretar temas clássicos como "Meu senhor marquês", não se fazia de rogada em arriscar passinhos de dança ou soltar gargalhadas. Na já citada cena com o espumante, chegou atrapalhando o andar da orquestra, gritando com forte sotaque: "Hoje eu estou de porre!".
POPULAR - As músicas da Orquestra de Viena também ajudaram a empatia com o público. Populares, as composições do austríaco Johann Strauss são hits em festas de casamento, formatura e até desenhos animados da
Disney. Por isso, valsas como "O Danúbio Azul" e "Sangue Vienense" estão presentes no imaginário coletivo até para quem nunca se interessou por música erudita.
Para terminar de compor a proposta popular da noite, o cantor pernambucano André Rio fez uma participação especial. Numa homenagem aos 50 anos do compositor
Villa-Lobos, ele cantou com a orquestra "
O Trenzinho do Caipira".
Fundada em 1853, a
Orquestra Strauss Capelle de Viena é uma das mais antigas da Europa. Desativada por cerca de 100 anos, foi retomada em 1977 e conta com mais de 2700 concertos em turnês pelo mundo. Tem cinco maestros fixos e a personalidade das apresentações varia de acordo com a regência de cada um.
Extraído do Portal da Música Erudita da Wikipédia, onde você encontra artigos sobre música erudita, biografia de compositores, história da música, teoria musical, agenda de eventos e até pode ouvir trechos de composições famosas.
Para saber mais sobre música:
Acompanhe as postagens do Maestro Marcos Gama no blog educacaomusicaladistancia.blogspot.com
Assista as vídeoaulas da Professora Thaís Valentino no blog programaichthus.blogspot.com
Visite os sites:
http://www.musicaeadoracao.com.br/http://www.osesp.art.br/